quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Momento Nostalgia: Super Game Power e a verdadeira identidade de Marjorie Bros.


Ao longo do ano fizemos aqui no Stage One alguns posts relacionados a uma série de entrevistas feitas pelo  Uol Jogos sobre as revistas de games que fizeram história no Brasil. Depois das matérias sobre as icônicas VideoGame e Ação Games, finalmente o site divulgou a matéria sobre a mais famosa das publicações daquela década: a Super Game Power. 

Surgida da fusão das revistas Super Game (voltada para os consoles da Sega, que na época ainda produzia hardware) e  Game Power (especializada nos consoles da Nintendo), a Super Game Power se tornou a principal fonte de informações dos gamers durante toda a década de 90, principalmente por causa dos famosos "Detonados", o famoso termo popularizado pela revista para designar a seção que mostrava todos os passos de um jogo e que depois foi amplamente usado pelas demais publicações do gênero.

Página da edição 32 da SGP publicada emoutubro de 1996
mostra o então lançamento Ultimate Mortal Kombat 3,
para Mega Drive

Assim como as demais revistas da época, a SGP (como era carinhosamente chamada por alguns leitores) também encontrou dificuldades em criar conteúdo relacionado ao universo extremamente jovem dos games e sobre como cativar um nicho de leitores até então inexplorado nas publicações brasileiras. No entanto, diferente das demais, a SGP conseguiu uma parceria exclusiva com a revista americana GamePro, algo que garantiu para a publicação uma vantagem importante na divulgação de informações sobre os games que surgiam no mercado americano. Além disso, a presença de Akira Suzuki na equipe (que mais tarde se tornaria o personagem Akira na publicação) dava a SGP acesso as matérias publicadas na Famitsu, a mais conhecida revista de games do Japão, uma vez que o jornalista dominava o idioma japonês. 

Dessa forma, a Super Game Power tinha fontes precisas (e relativamente rápidas) de informações sobre os dois principais mercados de games do mundo, o americano e o japonês, algo imprescindível numa época em que não havia ainda a internet.

Marjorie Bros, o eterno mistério da
SGP era mesmo mesmo real, pelo menos
de certa forma...

Como forma de aproximar os redatores dos leitores (que eram extremamente jovens, uma vez que o mercado de games havia nascido ainda na década de 80), a SGP criou pseudônimos para os redatores. Assim sendo, surgiram o Chefe, Marcelo Kamikaze, Lord Mathias, Baby Betinho, Akira, Bill Games e a eterna musa Marjorie Bros que, a medida em que a revista envelhecia com os leitores,  passou a despertar a dúvida entre os leitores, que indagavam constantemente se ela era mesmo uma garota e se era mesmo bonita da maneira como era retratada na revista. Essa dúvida, que jamais foi sanada, mesmo após a extinção da revista, é finalmente revelada na matéria abaixo, confiram: 




Assim como Ação Games e a VideoGame (confira os posts aqui e aqui), também a Super Game Power não foi capaz de sobreviver a transição para a maturidade pela qual estava passando o seu público-alvo. Os leitores, que no nascimento da publicação eram crianças, foram crescendo e esse amadurecimento também se refletiu nos games que passaram a exibir temáticas cada vez mais adultas, destoando, muitas vezes, do tom abordado pelas publicações de games. Porém, embora tenha sido cancelada,  é certo que a SGP é uma das revistas que mais marcaram a vida das primeiras gerações de gamers no Brasil e certamente a minha. 

2 comentários:

Linkicha - Agregador de links disse...

Aquele tempo que era bom

Linkicha - Agregando ótimos links: www.linkicha.com.br

Anônimo disse...

Tenho uma coleção enorme da SGP até hoje.Lembro de ir todos os dias na banca no começo do mês para ver se tinha chegado, pois acabava rapidinho na banca perto da minha casa. Como eram bons aqueles anos!

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...